Nossa Teoria de Mudança

Mudar os sistemas institucionais, passando da mera manutenção da vida para a participação nela.

Queremos nos afastar de conceitos como sustentabilidade, regeneração e resiliência, pois acreditamos que estes foram expressões polidas, porém com pouca materialidade.

As intenções eram boas, mas muitas vezes se limitavam à manutenção: sustentar o que já estava morrendo, regenerar o que ainda era propriedade de alguém, ser resiliente dentro de sistemas que causam danos constantes.

Esta estrutura descreve como Tohu leva a prática institucional além das lógicas de manutenção (sustentabilidade, regeneração, resiliência) em direção à simbiose relacional: um sistema operacional baseado na reciprocidade entre parceiros humanos e não humanos.

Ele fornece um caminho compartilhado para universidades, ONGs, governos e comunidades integrarem a transformação ética, ecológica e epistêmica em suas missões principais.

Queremos tohu (guiar) e implementar algumas mudanças:

Da Sustentabilidade à Simpoiese: “fazer com”

Passar de sustentar o mundo como recurso para cocriar mundos com ele. Os esporos de Donna Haraway sussurraram esse termo. Ele nos lembra que nada se faz sozinho.

Da Resiliência à Porosidade - A Arte de Deixar os Sistemas Respirarem

Para praticar atos de Capacidade Adaptativa. Permitir que a porosidade e a permeabilidade aumentem e potencializem a resiliência e suavizem as hierarquias.

Da Regeneração à Memória - Reconstruindo o que Foi Rompido

Regenerar é reconstruir; lembrar é reconstruir o que foi rompido. Terra, corpo, parentescos. Lembrar convida à reparação relacional que vai além da produtividade. Nosso objetivo é transformar a "avaliação de impacto" em "avaliação da memória", para que as métricas passem a ser não o crescimento, mas a profundidade da reconexão. Começamos a mensurar o que ainda não pode ser otimizado: confiança, equidade, reciprocidade e transparência.

Resiliência Temporal – Movendo-se de uma Velocidade Única de Progresso

Propor arquiteturas temporais flexíveis que espelhem os ritmos de regeneração ecológica. Comprometemo-nos a praticar a equidade temporal para valorizar tanto aqueles que se movem mais lentamente (idosos, ecossistemas) quanto aqueles que se movem rapidamente.

De Indicadores de Performance à Responsabilidade e ao Crescimento Recíproco

Para criar ecologias de responsabilidade, não relatórios lineares. Mapeamos os ancestrais invisíveis do seu trabalho: professores indígenas, espécies extintas, estagiários não remunerados, cobalto extraído, mães esquecidas.